Guia do ArtRio para cariocas iniciantes em arte

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O Rio realmente precisava de um evento que concentrasse arte num dos lugares mais charmosos da cidade. Desde que surgiu, em 2010, o evento vem ganhando cada vez mais espaço e recebendo cada vez mais pessoas interessadas nos artistas, nos designers, nas galerias, nas obras, nos espaços e no ambiente onde tudo isso acontece. Essa sétima edição aconteceu na Marina da Glória e eu não pude deixar de conferir!

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1º PASSO: FREQUENTAR EVENTOS

Vou aproveitar que tirei algumas fotos para mostrar a vibe do evento, pois sei que muita gente aqui nunca deve ter ido, e meu objetivo é justamente incentivar a ida de cada vez mais interessados. A arte é sempre percebida de diversas formas, mas o importante é que ela seja percebida. E a ArtRio consegue trazer isso de forma leve para os cariocas! ;)

A ArtRio contribui de forma ativa durante todo o ano para o sucesso da cadeia produtiva de arte e tem também um forte papel de pólo estimulador, apoiando exposições, destacando novas galerias, estimulando o colecionismo, a formação de público e a promoção de artistas jovens. Desta forma, a feira constrói um legado artístico para o público brasileiro, ávido por consumir arte e cultura. - Site ArtRio

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2º PASSO: SE INSPIRAR

Obras na parede, design de móveis, design de interiores, design gráfico, tipografia, moda... em apenas um espaço podemos ter contato com todas essas áreas que podem e devem nos inspirar, independente da nossa profissão. Adoro quando ambientes unem diversos artistas e criam esse universo que transmite de forma fácil, a criatividade. Reparem no espaço abaixo. Incrível, né? 

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3º PASSO: ABRIR A CABEçA

Mais abaixo ainda, podemos ver o minimalismo nas plantas, o studio O Formigueiro com luminárias e logo abaixo um banco de mármore preto com essa "alça" dourada, que foi minha peça preferida de toda a exposição. Como vocês podem ver, quando eu falo de arte não estou falando de quadros na parede e sim de diversas possibilidades! E embora talvez a gente não possa comprar essas peças, fica de inspiração e como experiência de aguçar o olhar para o que é diferente, e para as tendências nesse meio. Para mim, que também trabalho com Design, isso é muito importante!

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4º PASSO: ESTUDAR

Uma dica para iniciantes (ou não) é passar o olho nos livros da editora Taschen, fundada em 1980, e uma das pioneiras no quesito levar a arte para livrarias mais populares. A editora conta com livros de diversos assuntos relacionados à arte e todos eles podem enfeitar o seu apartamento ao mesmo tempo em que te trazem informação de arte. Fotografia, moda, publicidade, arquitetura, cinema e design são alguns dos temas de livros dessa editora alemã, que está sempre presente com estandes no ArtRio, e você também encontra em livrarias como Saraiva e Travessa. Nós agradecemos!

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5º PASSO: CURTIR A EXPERIÊNCIA

A feira também conta com uma espécie de praça de alimentação, que nesse ano estava muito boa! Lá você encontra diversos tipos de lanche como hamburguer, tapioca, pizza, pipoca, além de bebidas e doces. Quem me conhece sabe que eu fui na tapioca, e a melhor parte foi comer com uma vista linda para a Baía de Guanabara e Pão de Açúcar. Não tem nada mais lindo!

Procuro sempre ir nesses eventos na parte da tarde, para pegar o horário do por do sol, acho que tudo faz da experiência de ir até a feira, ainda mais válida. Não é porque estamos indo ver obras de arte que também não podemos olhar a natureza como um quadro, não é mesmo? Sou a favor desse equilíbrio sempre, e estou adorando o fato das plantas estarem entrando cada vez mais em cena nas decorações de ambientes e até mesmo como intervenção artística. 

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Espero que tenham gostado e aberto um pouco mais a cabeça em relação a como uma ida num evento desse pode te inspirar a começar a se interessar mais pela arte, e quem sabe, no resto do ano, frequentar museus, exposições, galerias, mostras de design e decoração, tudo que envolve esse mundo criativo.

Para ficar de olho na programação, visite o site: http://artrio.art.br/

Beijocas e até o próximo post,
Mandzy.

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Frida Kahlo: Conexões entre mulheres surrealistas no México

A CAIXA Cultural Rio de Janeiro está apresentando, até o dia 27 de março, a exposição Frida Kahlo: Conexões entre mulheres surrealistas no México. Confesso que quando soube dessa exposição, achei que iria logo na primeira semana, mas acabei só conseguindo ir agora no final, hunf! Mas o que importa é que eu fui, e se você não tiver ido ainda, tem até o próximo domingo para mergulhar e se inspirar na arte mexicana!

FOTO: INSTITUTO TOMIE OHTAKE

FOTO: INSTITUTO TOMIE OHTAKE

SOBRE A EXPOSIÇÃO

A mostra, que reúne 30 obras de Frida, – 20 óleos sobre tela e 10 obras em papel, entre desenhos, colagens e litografias – também conta com cerca de 100 obras de outras 14 artistas, mulheres nascidas ou radicadas no México: María Izquierdo, Remedios Varo, Leonora Carrington, Rosa Rolanda, Lola Álvarez Bravo, Lucienne Bloch, Alice Rahon, Kati Horna, Bridget Tichenor, Jacqueline Lamba, Bona de Mandiargues, Cordélia Urueta, Olga Costa e Sylvia Fein

Essa exposição é um marco para a política de marketing cultural da CAIXA. “Nos últimos quatro anos, o banco investiu mais de R$ 298 milhões em cultura, sendo que, apenas em 2015, o investimento foi de R$ 85 milhões. Trazer Frida Kahlo para nossas unidades está alinhado ao objetivo de entrar na rota de grandes exposições do país e poder proporcionar ao público brasileiro o contato com artistas renomados internacionalmente”, destaca a presidente da CAIXA, Miriam Belchior.

Com curadoria da pesquisadora Teresa Arcq, a exposição apresenta um amplo panorama do pensamento plástico de Frida, e revela a intricada rede e o potente imaginário que se formaram, tendo como eixo sua figura. A curadora destaca que os autorretratos e os retratos simbólicos marcam uma provocativa ruptura, que separa o âmbito do público do estritamente privado.

"Em alguns de seus autorretratos, Frida Kahlo, Maria Izquierdo e Rosa Rolanda elegeram cuidadosamente a identificação com o passado pré-hispânico e as culturas indígenas do México, utilizando ornamentos e acessórios que remetem a mulheres poderosas, como deusas ou tehuanas, apropriando-se das identidades destas matriarcas amazonas", afirma Arcq.

Se você, como eu, curte arte, especialmente traçada por mulheres, que muitas vezes são casadas com artistas famosos, mas conseguem por si só expressar suas próprias visões e questionamentos, não deixe de ir nessa, que é uma das poucas exposições com essa pegada. É incrível observar o poder das mulheres, ainda no início do século XX, é incrível!

"A multiplicidade cultural, mitos, rituais e uma diversidade de sistemas e crenças espirituais influenciaram na transformação de suas criações. A estratégia surrealista da máscara e da fantasia, que no México forma parte dos rituais cotidianos, em torno da vida, a morte no âmbito do sagrado, funcionava também como um recurso para abordar o tema da identidade e de gênero", complementa a curadora.

SOBRE FRIDA KAHLO

Durante toda sua vida, Frida Kahlo (nascida em 6 de julho de 1907, em Coyoacán, no México, onde morreu em 13 de julho de 1954) pintou apenas 143 telas. Frida pode ser considerada uma mulher a frente se seu tempo e cheia de vida, mesmo com todas as dificuldades que precisou enfrentar. De doenças a traições, se tornou, ao longo dos anos, e até depois de sua morte, um ícone das artes e do universo feminino.

A inspiração de Frida para suas pinturas e fotografias, vieram de suas angústias e dificuldades em lidar com sua própria condição. Quando criança, Frida contraiu poliomielite, que deixou uma lesão no seu pé esquerdo, e ganhou o apelido de "Frida perna de pau". Mais tarde, em 1925, a artista sofreu um acidente em que teve múltiplas fraturas e precisou fazer 35 cirurgias. Foi nesse período, em que ficou presa à sua cama e com problemas na coluna, que começou a pintar e retratar suas angústias e frustrações em suas criações.

INDUMENTÁRIA

Frida Khalo, além de reconhecida como importante pintora surrealista, está presente no imaginário coletivo por sua forma típica de se vestir: a indumentária reflete o seu interesse particular pela tecelagem indígena mexicana que integra elementos tradicionais de diferentes regiões do país. Em seu guarda-roupa destacam-se peças de vestuário nahua, otomie, totonaca, yalalteca (jecalteca), mixteca e zapoteca. Sem dúvida, Frida Kahlo teve especial predileção pelo traje de tehuana usado pelas mulheres do Istmo de Tehuantepec, e é provável que esse gosto tenha surgido em função da origem oaxaquenha de sua mãe, que foi retratada quando jovem usando esse vestido tradicional, marcante por sua beleza e exotismo. A diversidade de peças de vestuário, joias de ourivesaria e pré-hispânicas, a maquiagem e os penteados trançados com fitas coloridas compõem uma estética própria com a qual ela se destacou numa época em que era costume vestir-se de acordo com as tradições europeias.

O guarda-roupa de Frida Kahlo foi uma forma de expressão utilizada pela artista para criar a sua própria identidade e destacar o precioso lavor têxtil indígena, que por si só constitui um importante legado das sociedades indígenas do país e uma amostra da tradição milenar da tecelagem. Os vestidos apresentados nesta exposição foram cuidadosamente selecionados, inspirados nos códigos do trajar de Frida, que costumava combinar peças e adornos de diferentes regiões do México.

Há muitas curiosidades sobre Frida e sua história, mas acho que isso pode virar um outro post, o que acham? ;)

SOBRE A MOSTRA DE FILMES

Como parte da exposição, a Galeria 1, no térreo, a Caixa Cultural, exibe uma programação gratuita, que se repete todos os dias nos mesmos horários, de filmes sobre as artistas Alice Rahon, Rara Avis, Jacqueline Lamba, Leonora Carrington, Remedios Varo e Frida Kahlo.  

Tive a sorte de assistir uma parte do filme de Leonora Carrington e me identificar com sua trajetória, pois mesmo naquela época, sendo questionada pela sociedade europeia, ela sabia o que queria e lutou por isso. Sua mãe, sempre muito próxima, tinha grande preocupação com ela, e lhe disse uma frase que me marcou: "Existe uma grande diferença entre ser uma pessoa artística e ser de fato um artista". No final das contas, ela estudou na University of the Arts de Londres e se tornou uma grande artista. FIquei ainda mais apaixonada depois de observar seus quadros de perto!

*Não é necessário resgatar senhas para assistir aos filmes, mas as sessões estão sujeitas à lotação.

A exposição foi idealizada e coordenada pelo Instituto Tomie Ohtake, de São Paulo, e tem o patrocínio da CAIXA, com apoio da Secretaria de Relaciones Exteriores de México (SER), Embaixada do México no Brasil, Instituto Nacional de Bellas Artes (INBA), Consejo Nacional para la Cultura y las Artes (Conaculta) e Conselho de Promoção Turística do México (CPTM). 

Via Caixa Cultural e Instituto Tomie Ohtake.

Descubra a marca Lomography e suas divertidas câmeras

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Bom dia!

Ontem à noite postei essa foto no meu instagram e muita gente veio me perguntar qual efeito usei, se era algum aplicativo ou algo do tipo. Resolvi então fazer esse post para falar das câmeras lomográficas e do meu amor por elas.

Já tem um tempinho que as lomos "saíram de moda" e foram substituídas pelas polaroids. Apesar de terem propostas bem diferentes, ainda acho mais interessante o propósito da lomo de ter de esperar as fotos serem reveladas para se apaixonar pelos resultados inimagináveis que elas produzem. 

Abaixo, vou mostrar algumas fotos um pouco antigas - elas tem em média 3 anos - e o modelo de câmera que usei em cada situação:

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Diana Mini

Trabalha a sobreposição de cliques, além do efeito "vintage". Parece uma câmera de criança quando vista de fora, mas quem tem uma, conhece bem o poder dela.

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Colorsplash

É a câmera com filtros coloridos. A mais legal para tirar fotos à noite, em festas e locais fechados. 

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Fisheye 2

A lente fisheye - aquela olho de peixe - todo mundo já conhece. É bem divertida! :)

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Além dessas, também tenho a Supersample, que tira quatro fotos seguidas, uma atrás da outra. Não contem para ninguém, mas nunca coloquei o filme para revelar! O resultado dessa câmera vai ter que ficar para um próximo post...

Gostaram? A Lomography tem várias lojas espalhadas pelo mundo. Infelizmente, a loja online não faz mais entregas para o Brasil, mas é possível comprar pelo site do distribuidor Marinho [ http://www.marinho.com.br/ ]. Nele, você encontra vários modelos legais!

A verdade é que já me diverti muito tirando foto com essas câmeras e agora bateu aquela vontade de comprar outros modelos para adicionar à coleção! E vocês, têm alguma câmera lomo? Já usaram? Me contem!

Beijocas,
Mandzy.

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