Vale a pena conhecer a Isla Del Sol na Bolívia? Minhas impressões

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A Isla del Sol, como o próprio nome já diz, é uma bela ilha em meio ao Lago Titicaca - o lago mais alto do mundo e o segundo maior da América do Sul. É, sem dúvidas, um dos destinos principais para quem visita a Bolívia.

Na Isla del Sol você também vai conhecer muito da história e da cultura Inca, numa viagem no tempo. Se você tem interesse, vem comigo nesse post que eu te conto se vale mesmo a pena!

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Lago Titicaca

O Titicaca é o lago navegável mais alto do mundo, a mais de 3.800 metros de altitude. Dá pra acreditar?

Ele faz fronteira entre Bolívia e Peru, mas dizem que seu lado mais bonito é o lado boliviano mesmo. Caso você queira conhecer o lado peruano, visite Puno e suas ilhas flutuantes. Você até pode ficar na casa de um nativo para conhecer o estilo de vida e alimentação do povo local.

Meu primo passou por essa experiência e amou. Eu não cheguei a conhecer Puno, portanto só posso falar sobre o lado boliviano. Uma pena, gostaria de conhecer os dois! Rs!

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Isla del Sol

A Isla del Sol é considerada um grande sítio arqueológico, onde podemos encontrar mais de 80 ruínas que datam de até 3.000 a.C. A ilha é dividida entre norte e sul e, normalmente, era indicado conhecer as duas regiões. Entretanto, devido a um conflito local entre os habitantes da ilha, a parte norte foi fechada para o turismo e só podemos agora visitar a parte sul.

Ela é considerada um santuário do Império Inca: foi lá que no passado se ergueu o enorme templo dedicado ao deus Sol, que teria nascido lá. Atualmente, a Isla del Sol é habitada por comunidades tradicionais de origem quéchua aimará. Estas culturas vivem basicamente da agricultura, da criação de animais – dentre eles as famosas lhamas – do artesanato e do turismo.

Você pode escolher dormir na ilha ou fazer um passeio bate e volta da cidade de Copacabana. Escolhi não dormir na ilha por conta do deslocamento com mala e tudo mais. Na minha opinião, um dia na ilha já é o suficiente para conhecer a beleza e a história do local.

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A Trilha Inca

Fui no Inverno e mesmo assim o sol na Isla del Sol é forte. Não esqueça de levar protetor solar, chapéu e óculos escuros. Outra coisa que me ajudou ao longo da viagem pela Bolívia foi um saquinho de folhas de coca, que apesar do gosto e da dormência na boca, fazia diferença contra o mau estar causado pela altitude.

A trilha Inca cruza a Isla del Sol de Norte a Sul. O trajeto em volta da ilha é lindíssimo! O guia nos leva até a Mesa Cerimonial, Chinkana, Labirinto, e depois percorre a caminhada até o norte da ilha, em uma trilha espetacular.

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A parte sul da ilha é uma graça e muito bem estruturada, mas de cara já deu para perceber que teríamos uma certa dificuldade por causa de algumas subidas e da altitude. O lago já está a quase 4000 m de altitude, e o pontos mais alto da ilha está mais ou menos 300 metros acima, ou seja, o esforço pouco não é.

Essa caminhada vale muito a pena e tem cerca de 8km. Mas lembrando que estará na altitude, o tempo de duração sempre é maior do que você imagina. Mas que ótimo, pois diante das subidas e descidas e do tempo de caminhada, já serve como uma bela atividade física para o dia. Lembre, portanto, de levar água e comida para o passeio, você vai precisar.

Se você não comer ao longo de todo esse trajeto, além de ficar fraco, acaba perdendo massa magra e acumulando gordura. É muito importante se alimentar bem nas trilhas e em lugares de altitude. Então, se prepare para não dar mole.

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Isla de la Luna

A Isla de la Luna fica a cerca de 8 km da Isla del Sol e uma ilha sagrada para as culturas pré-hispânicas. Não tive tempo de visitar essa ilha - para ser sincera nem ouvi falar muito sobre ela. Se tivesse mais tempo na cidade com certeza iria conhecer, mas como não tive, acho que não perdi muita coisa.

Dicas extras

Cada povoado da Isla del Sol cobra uma “taxa de visita”. Muitas vezes os turistas não são informados dessas taxas, como foi o meu caso. Mas já estou te avisando aqui! Chegando na ilha, pode ter que desembolsar um pequeno “pedágio”.

Os locais informam que essas taxas são do governo, mas na Isla não há nenhuma presença governamental, então acredito que essas taxas sejam revertidas em benefícios para comunidade que carece de uma série de coisas, como verão.

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Como chegar na Isla del Sol saindo de Copacabana

1 – Barco privativo

Há barcos que fazem Isla del Sol + Isla de La Luna no mesmo dia, mas não recomendo essa opção pois você não terá tempo de aproveitar nenhuma das duas direito. Se quiser conhecer a Isla de La Luna, sugiro acrescentar um dia no roteiro. De qualquer forma o barco privativo é bem mais caro do que o normal.

2 – Barco comum (só ida)

Diariamente, existem dois horários de barcos que saem de Copacabana em direção a Isla del Sol: 8:30h e 13h. Para quem vai pernoitar na ilha, eles vendem a passagem só de ida por 20 bolivianos. Eles te desembarcam no porto de sua preferência, no lado norte ou no lado sul. Para voltar, é preciso comprar a passagem no porto da ilha, por 25 bolivianos. Diariamente, há duas saídas para Copacabana, às 10:30h e às 16h.

3 – Bate e volta em Isla del Sol com guia

Você compra a passagem de ida e volta, e pode escolher o opcional de um guia, para conhecer ou o lado sul ou o lado norte da ilha. Essa opção é boa para quem pega a primeira saída do barco, de manhã. Para quem vai no barco das 13h, eu considero pouco tempo, já que o último barco de volta sai de Isla del Sol às 16h. Mesmo assim, muita gente que vinha no mesmo barco que nós, às 13h, escolheu essa opção de bate-e-volta. Para quem tem pouco tempo e não pode pernoitar na ilha, é uma opção a considerar. O custo da passagem ida-e-volta é de 35 bolivianos (sem guia).

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Minha sugestão é passar dois dias inteiros em Copacabana. No primeiro dia você conhece a pequena cidade de Copacabana e no dia seguinte você faz o tour bate-volta para a Isla del Sol.

Vale dizer que o barco não é dos mais confortáveis, mas pelo menos ele é fechado e nos protegeu do frio que estava fazendo.

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O que eu posso garantir é que a Isla del Sol vai ser um lugar único na sua viagem pela América do Sul. Acho que vale muito a pena se você vai passar por Bolívia e Peru, já que o Lago Titicaca está na divisa dos dois países.

Se você vai só a Bolívia, tente pesar o número de dias com o seu interesse pela história e cultura local. Caso seja de seu interesse, aí sim acho que vale a pena! Lembre-se que sempre vai rolar um perrengue até chegar lá. No meu caso, valeu a pena todo o perrengue, pois foi no mínimo, história pra contar.

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Beijocas,
Mandzy.

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5 lugares imperdíveis em Sucre, a cidade branca e capital da Bolívia

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Confesso que quando fechei minha viagem para a Bolívia, não fazia ideia do que esperar. Estava animada para conhecer o famoso Salar de Uyuni, mas cidades como Sucre estavam no roteiro como coadjuvantes. E por esse mesmo motivo a cidade, que é também capital constitucional da Bolívia, me surpreendeu!

Sucre foi fundada pelos espanhóis em 1538, manteve o ar colonial das ruas estreitas de pedra, casarões históricos e igrejas da época a 2.810 metros de altitude. Como a maioria das construções são branquinhas, ela ficou conhecida como a "cidade branca" da Bolívia. Não à toa, foi declarada Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco, em 1991.

Se você quer conhecer a cidade, não deixe de visitar esses lugares imperdíveis que indico nesse post. Preste atenção na Cordilheira dos Andes ao fundo e viva momentos inesquecíveis como eu vivi em Sucre! Aliás, que pôr do sol… Vem conhecer essa cidade charmosa comigo!

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Praça 25 de Mayo

É a praça principal da cidade, bem arborizada, onde estão as construções mais imponentes como o Palácio do Governo e a Catedral. É ao redor dela que estão alguns dos principais pontos turísticos da cidade.

Ali perto também estão escolas, mercados, lojas de câmbio, de tudo um pouco. A praça em si é toda arborizada e bem cuidada! Ela tem esse nome em comemoração ao primeiro grito de liberdade da América que aconteceu em 25 de Maio de 1809.

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Casa de La Libertad

Esse é o primeiro monumento histórico do país com um acervo riquíssimo sobre diversas etapas da história boliviana. As peças da mostra estão muito bem preservadas e a visitação ainda inclui um guia que explica cada período minuciosamente.

O museu foi estabelecido em uma bela mansão colonial que também é um marco para importantes acontecimentos na Bolívia. Foi dentro de suas paredes, inclusive, que o país assinou sua independência, se proclamou a república e onde Simón Bolívar escreveu a primeira Constituição.

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Oratório de São Felipe Néri

Mais um lugar para se ter uma vista privilegiada da cidade: o topo do Oratório de São Felipe Néri. Antes de ir, cheque certinho os horários de visita pois lá funciona uma escola só para meninas com horários mais restritos.

Mesmo assim vale super a pena subir no telhado e ver todo o centrinho de Sucre de cima. Você pode subir para tirar foto no telhado, perto do sino, e se der sorte vai até ouvir ele tocando. O local que também já foi um monastério, não é um lugar turístico tão disputado, então aproveite!

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Monastério de la Recoleta

Esse lugar foi muito falado pela minha amiga que pesquisou e montou todo o nosso roteiro na Bolívia. Estava com grandes expectativas pois muita gente falou bem do Monastério - se você pesquisar em blogs de viagem, ele sempre aparece entre as dicas de Sucre.

A casa foi fundada pelos franciscanos em 1.601, mas o mais legal é o mirante. Lá você pode tomar um café com vista panorâmica da cidade, é demais! Depois continue explorando os arredores, cheio de lojinhas legais e também minha próxima dica: o Hotel Casa Kopling.

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Hotel Casa Kolping

Encontramos esse hotel meio que sem querer, caminhando pelas ruelas próximas ao Monastério. Não é que lá encontramos a melhor vista da cidade? Fomos durante a baixa temporada e talvez por esse motivo não tivesse ninguém no hotel para nos receber, por isso fomos entrando.

Mesmo que tenha alguém na entrada, não acredito que você terá problemas pedindo para subir e ver a vista na varanda, é realmente linda! Foi o local mais bonito de Sucre, na minha opinião. Se você também curte conhecer hotéis descolados mesmo sem que se hospede neles, você vai amar essa quinta e última dica de lugar para visitar em Sucre. De preferência chegue no horário do pôr do sol, quando tudo fica mais bonito!

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Minha conclusão é que às vezes, em viagens especiais, você descobre os cantinhos mais lindos sem querer! Eu acho isso mágico! Você também?

Se curtiu conhecer minha lista de 5 lugares imperdíveis na cidade, deixa sua mensagem aqui nos comentários! ;)

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Copacabana é uma cidadezinha na fronteira da Bolívia com o Peru, visitada especialmente por quem deseja conhecer o lago mais alto do mundo: o Lago Titicaca! A cidade também é uma parada estratégica para tomar o ferry para a Isla del Sol, e por esses motivos resolvi passar uma diária em Copacabana.

A cidade de Copacabana na Bolívia, assim como todo o país, é bastante simples, conta com hoteis e restaurantes bem econômicos, nada de luxo. O mais interessante dali é escolher um lugar na margem do Lago Titicaca para tomar um drink, ou mesmo um suco enquanto assiste ao pôr do sol!

Se você tem interesse em conhecer Copacabana, fica aqui comigo nesse post. Aqui no blog também tem outros posts sobre a minha viagem pela América do Sul.

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Sobre Copacabana

Dizem que a civilização Inca começou aqui, em Copacabana, às margens do lago Titicaca, precisando fugir para as montanhas de Cusco após ser expulsa por tribos ayamaras.

A cidade, que inspirou o nome do famoso bairro do Rio de Janeiro, é uma das mais interessantes da Bolívia. Junto com a Isla del Sol, a Isla de la Lula e a Isla del Sapo é o destino mais procurado às margens do lago navegável mais alto do mundo.

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Além de segura e tranquila, Copacabana tem um clima agradável e é um destino turístico barato, como toda a Bolívia (só não é o paraíso porque pode fazer muito frio de noite e o mal de altitude pode ser um problema se você não estiver ambientado).

A cidade está a 3841 metros acima do nível do mar e fica perto de Kasani, a fronteira mais utilizada para quem viaja entre a Bolívia e o Peru (aqui, muito cuidado ao planejar seu roteiro. A aduana fecha à noite e não existem ônibus noturno entre os dois países).

O Lago Titicaca está a mais de 3.800 metros de altitude e é de grande importância para o povo boliviano e peruano. Ao seu redor e em suas ilhas estão diversos sítios arqueológicos, onde até hoje seus moradores plantam milho para sobrevivência. O lago é abastecido pela água das chuvas e do degelo da neve que vem das montanhas do altiplano.

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O que fazer em Copacabana

Eu não consegui explorar muito Copacabana, porque fiquei apenas uma noite, sendo que um dia inteiro passei na Isla del Sol. Mesmo assim deu pra conhecer bastante a rua principal e a área da orla próxima ao porto.

Avenida 6 de Agosto: é a rua mais movimentada, com feirinhas, restaurantes e hostels. Descendo a ladeira, essa avenida termina no porto do Lago Titicaca, onde você compra o ferry para a Isla del Sol.

Isla del Sol: sem dúvidas o passeio mais importante para quem está em Copacabana. São cerca de 20km que distanciam Copacabana da Isla del Sol, e o trajeto é feito em cerca de 1h e pouco de barco. Lá na ilha você vai conhecer uma trilha inca e pode contratar um guia para explicar tudo sobre a história e cultura local.

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Se você tiver tempo, faça os seguintes passeios:

Basílica de Copacabana: começou a ser construída em 1601 e é uma das mais antigas igrejas da Bolívia. Ela é um excelente exemplo da arquitetura renascentista e barroca. Além disso, abriga a imagem de La Virgen de la Candelaria, muito devotada em todo o país por seus poderes curadores.

• Museo  del Poncho: tem uma variedade de tecidos e peças do vestuário de comunidades andinas e mostra como o poncho é mais do que uma peça de roupa. Este é um símbolo da identidade, da classe social e de autoridade no país.

• Caminho de Yampupata: fica no final da Península de Wiñaymarca, e Sampaya tem cerca de 17 quilômetros e pode ser concluída em cinco horas. A estrada por onde é feita a caminhada foi utilizada por diferentes civilizações, incluindo os antigos incas. Comece o passeio pela manhã caminhando e depois retorne de ônibus.

• Cerro el Calvario: fica a 900 metros da Praia de Copacabana e você pode subir até o topo, passando pelas estações que marcam a Via Dolorosa. É muito comum entre os peregrinos que chegam à cidade, especialmente durante a Páscoa e no dia da Virgem de Copacabana.

De lá se tem uma bela vista do lago e da cidade. Mas, para admirar a paisagem, é preciso vencer uma subida de cerca de 30 minutos que exige pulmões bem preparados principalmente por conta da altitude.

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Como chegar em Copacabana

Você pode chegar em Copacabana saindo de Puno ou Cusco, no Peru, ou de La Paz. Isso vai depender da sua rota na viagem, eu fui por Cusco e a viagem foi bastante longa e cansativa, incluindo pessoas carregando galinhas em gaiolas dentro do ônibus, foi algo indescritível.

• De Puno, os ônibus da companhia Titicaca costumam sair três vezes ao dia, ou mini-vans que saem aos montes, mas como não podem cruzar a fronteira, você tem que cruzá-la andando, e depois pegar outra van, ou seja, zero prático com malas. Prefira ir de ônibus mesmo!

• De Cusco, a viagem é bem mais longa, mas decidimos fazer esse trajeto porque queríamos conhecer Copacabana e não tínhamos tempo de parar em Puno, que é a cidade que fica no meio. Deixa eu pensar como contar para vocês... Vou começar contando que o trajeto tem mais de 10 horas de duração, então saímos cedinho de Cusco e chegamos a Copacabana no fim da tarde.

Foi uma viagem de ônibus bastante intensa, além dos pintinhos piando! Você acredita que no meio da viagem, sem ninguém nos avisar tivemos todos que descer do ônibus e pegar um barco para atravessar um rio, enquanto o ônibus atravessava numa balsa maior, e nossas malas todas no ônibus bem longe da gente? E se a gente não encontrasse o ônibus novamente? Eu estava em pânico, mas seguindo a galera do mesmo ônibus com pensamentos positivos.

Depois descobri que tanto para quem vem de La Paz ou de Puno, é preciso descer do ônibus para fazer a travessia de balsa por um braço do Lago Titicaca. 

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No final deu tudo certo, reencontramos o ônibus e seguimos viagem, mas foi uma loucura! Dificilmente faria isso tudo de novo. Agora espera pra ouvir sobre o trajeto seguinte. Nós paramos por uma noite em Copacabana e seguimos para La Paz, de onde saía nosso vôo de volta para casa.

• De La Paz, os ônibus saem com frequência da rodoviária e as vans saem do cemitério. As vans são muito usadas pelo povo local, mas a vantagem de ser mais rápida e barata. A empresa que faz esse trajeto saindo de lá se chama 2 de Febrero.

Quando o seu ônibus para e você chega na cidade, você salta no meio da rua e várias pessoas começam a te vender passeios para a Isla del Sol. Mas você não precisa fechar esses pacotes, a dica é comprar o passeio no próprio porto da cidade, que fica bem perto dali. Os barcos saem duas vezes por dia e você pode contratar um guia na ilha para te explicar sobre a história e cultura local. Vale a pena!

Saindo de Copacabana

Se a minha viagem de ida para Copacabana foi animada, a da volta, de Copacabana para La Paz, foi 3x pior! O trajeto que é feito em cerca de 03:15 de carro, de ônibus nos custou cerca de 7 horas de viagem, ou seja, mais que o dobro! Foi inacreditável.

Como escureceu e a estrada estava inteira esburacada, o motorista foi a uns 20 km/h. Foi uma das viagens mais desconfortáveis da vida pois o ônibus ia balançando a beça, passando por uma estrada horrível e vendo só pobreza na janela. Achei bem triste esse caminho, mas faz parte da vida de uma viajante, né?

Chegamos em La Paz já era noite, mas mesmo assim tomamos um banho, trocamos de roupa e fomos pra balada com a galera do hostel porque era nossa única noite na cidade. No dia seguinte voltamos para o Brasil praticamente viradas, depois de todos esses perrengues. Mas foi muito divertido, não me arrependo de nada!

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O que & onde comer

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É possível conseguir uma truta inteira, com arroz, batata e salada, pratos feitos e individuais, que são deliciosos e frescos. Os locais mais baratos ficam na volta do mercado público, a duas quadras da Praça de Armas, onde tem os locais mais caros.

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Você também precisa comer ou beber algo na orla do Lago Titicaca no horário do pôr do sol. É uma das experiências mais legais da viagem. Tem vários lugares beirando o Lago para você escolher.

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Escolhemos tomar um suco ali mesmo como nos recomendaram assim que retornamos do nosso passeio para a Isla del Sol, que nos deixou no porto ali em frente mesmo. Chegamos já era fim de tarde, e passamos horas ali só relaxando antes de voltarmos para o hotel para arrumar as coisas.

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Ah, não posso esquecer de avisar que são poucos os lugares que aceitam cartão em Copacabana e na Isla del Sol, então aproveite para trocar antes de sair de La Paz ou Cusco. Caixa eletrônico então, nem pensar!

O vento gelado vindo do Lago Titicaca é forte o ano todo. Não deixe de levar protetor labial, casacos e roupas térmicas. A melhor época para visitar a cidade é entre abril e outubro pois é nesse período que os dias são mais longos e ensolarados e com menos probabilidade de chuva.

Existe uma série de coisas que fazem parte do planejamento de uma viagem pela América do Sul, mas no final tudo vale a pena, até mesmo os perrengues que se tornam histórias para contar. Mesmo assim eu prefiro ir com tudo organizadinho e você? Me conta aqui nos comentários como você curte viajar!

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