Vida no campo: meu mini intercâmbio no interior do ES

Se você, assim como eu, nasceu e cresceu em cidade grande, pode ser que nunca tenha tido contato com a vida no campo. No meu caso, até tive bastante contato com esse estilo de vida por ter família no interior - e também por conta de todas as viagens que já realizei.

Mas a verdade é que eu sabia e ainda sei muito pouco sobre essa realidade de muito trabalho, plantações enormes, distância dos grandes centros e proximidade com os animais e com a natureza. Nesse post eu vou contar um pouco mais sobre a minha experiência nos últimos dias visitando o campo. Mais precisamente, no interior do sul do Espírito Santo.

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Como cada vez mais sou uma admiradora da natureza, não posso deixar de destacar o meu amor por novas paisagens, muito verde, flores coloridas, frutas deliciosas, e por aí vai. Será que as pessoas que vivem no campo se acostumam algum dia com a beleza dessas coisas?

Enfim, depois de alguns dias visitando sítios como o da minha família e outros lugares com paisagens de tirar o fôlego como os Pontões Capixabas, o meu amor pela natureza só cresce. Mas nessa viagem, minhas expectativas foram superadas.

A começar pelo passeio na caçamba da caminhonete. Fico imaginando como deve ser legal ser criança e poder viver esses momentos, já que eu, que já passei dos 30, curti tanto.

Um outro ponto super interessante é observar como as pessoas vivem nesses lugares, de uma forma tão simples, mas tão cheia de amor. Mesmo sem luxo nenhum, são normalmente, pessoas super espiritualizadas e felizes com seus trabalhos. Quase não reclamam e ainda possuem o que muitos ignoram: a gratidão interna.

Conversando com eles, podemos perceber que, apesar de muitas vezes levarem uma vida difícil, sem férias e sem viagens, conseguem estar sempre tranquilos e cheios de histórias. Não lhes falta dignidade. Possuem uma vida bonita, honesta e familiar.

O contraste com a vida nas cidades grandes é nítido. As pessoas aqui são bem mais materialistas, apegadas a luxos e falta exatamente a honestidade, a família e a espiritualidade.

Quem mora em São Paulo ou Rio, já compra tudo pronto na prateleira do supermercado. Ou em um clique pela internet. A verdade é que na maioria das vezes a gente não tem nem interesse em saber como é feita a produção dos alimentos que consumimos no dia a dia.

Nessa viagem pude ver de pertinho o processo de colheita do café, do feijão, da tangerina - ou mexerica, ou bergamota, dependendo de onde for, avistei máquinas e tratores que eu nunca imaginava que existiam, entendi que o gado tem necessidade de consumir cloreto de sódio e por isso os bois param em estações para lamber sal nas fazendas.

Aprendi o que é um eucalipto e como ele pode ajudar na criação de cercas, aprendi que a jabuticaba é uma fruta que só existe no Brasil e ainda, que o grão de feijão cai da vagem quando a gente bate nela. De tudo que aprendi em poucos dias, o mais importante foi que quem mora na cidade grande tem muito o que aprender.

Gostaram?

Beijocas,
Mandzy.

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Pontões Capixabas: o ponto que está virando tendência no ES

Esse passeio foi como uma surpresa - e eu vou contar tudo nesse post! Leia até o final para acompanhar todos os detalhes! :)

Eu que nunca tinha ouvido falar no Pico dos Pontões fui surpreendida pelo meu tio que mora no Espírito Santo e me apontou o monumento durante uma ida ao nosso sítio. Acontece que, nesse dia, “os pontões” estavam bem embaçados por conta de uma nuvem que encobria o topo, além da falta de visibilidade pela distância em que estávamos do monumento. Não dei muita importância, apesar de ter achado o formato rochoso bem interessante.

Logo depois disso, surgiu a ideia de tirarmos um dia para chegar pertinho do monumento, durante um passeio em família, daqueles sem pretensão. Escolhemos uma segunda-feira que era feriado na região para explorar os arredores. Apesar de não termos conseguido agendar um guia para subir com a gente, decidimos encarar a estrada mesmo assim e ver no que dava!

Um pouco de história…

O Pico dos Pontões fica no distrito de Conceição do Muqui, em Mimoso do Sul. E Mimoso fica no sul do Espírito Santo, sendo o primeiro distrito após a divisa com o estado do Rio de Janeiro. Explicando melhor: Conceição do Muqui é uma região cafeeira no interior de Mimoso do Sul, um lugar de clima frio e agradável, repleto de montanhas rochosas.

O nome foi dado pela crença e fé na padroeira Imaculada Conceição ou Nossa Senhora da Conceição, onde em 1868 foi construída a Igreja que se tornou um dos cartões postais da Região. Conceição é a região mais alta do município com o ponto culminante o Pico dos Pontões a 1938m de Altitude, sendo o terceiro ponto mais alto do estado do Espírito Santo. Ele pode ser avistado de outros municípios da região como Alegre, Muqui, Guaçuí…

Os imigrantes europeus começaram a se instalar na região, principalmente italianos que buscavam um clima frio e terra fértil. Ali estavam as montanhas da “Terra Fria”. E com a chegada desses primeiros colonos em torno de 1890, esse pico acabou se tornando o principal ponto de referência da região, ganhando por parte desses pioneiros, o apelido carinhoso de Dedo de Deus.

Para chegar ao cume da montanha menor basta realizar uma caminhada de dificuldade média, com o uso auxiliar de cordas nos trechos finais ao topo. Dizem que é uma caminhada ótima para a contemplação da natureza. Além da história, o local tem sido atrativo para a pratica de aventuras radicais pela trilha de motocross, voos de parapentes, escaladores e wingsuit que ganhou destaque nacional com o atleta Fernando Brito em 2016.

A região também é rica em águas cristalinas e pedras preciosas como Quartzos e Águas Marinhas. Ao longo do caminho de Mimoso do Sul até Conceição, você consegue avistar rios e passa por diversas pontes que parecem sair de um filme.

O primeiro ponto em que paramos foi um mirante, que em determinados dias funciona como uma chopperia, servindo bebidas e petiscos. Como fomos num dia de feriado, o estabelecimento estava fechado, mas conseguimos parar e admirar a paisagem dali. Tiramos muitas fotos lindas, conseguimos visualizar o cenário panorâmico e só então partimos para o outro lado, mais perto do Pico.

 
 

Como chegar

Para chegar nesse monumento natural que está virando tendência no Espírito Santo - anota aí que a região deve crescer nos próximos anos, assim como aconteceu com Pedra Azul - basta seguir pela ES-391 em direção ao distrito de Conceição do Muqui e seguir pela estrada de terra até próximo aos Pontões.

Passamos por Santo Antônio do Muqui (distrito localizado a 18 km em estrada asfaltada), seguindo até Conceição de Muqui e pegando o último trecho de estrada de terra batida até Alto Pontões pela ES-393 em cerca de 20km, ou uma hora e meia de Mimoso do Sul, dirigindo bem devagar.

Fomos de caminhonete, porém até determinado ponto, você consegue chegar com qualquer carro. Depois dali, só mesmo de 4x4, inclusive vi relatos de pessoas que sobem e descem as próprias pedras de carro 4x4 - radical demais pra gente!

A estrada é bem estreita e precisa de bastante atenção, até porque há vários trechos onde só passa 1 carro por vez. Inclusive para manobrar é complicado… melhor que seja alguém bom de roda no volante.

A subida ao topo da pedra é realizado com auxilio de guias, moradores da região, que recebem os turistas e visitantes que queiram se aventuram na trilha. Para conhecer o local é preciso agendar. Um dos estabelecimentos que oferece esse tipo de serviço, além de almoço e hospedagem, é o Recanto Águas Claras.

Recanto Águas Claras

O Recanto Águas Claras é uma propriedade familiar, bem próxima à subida para os pontões em si. Chegamos bem próximo do estabelecimento e estacionamos o carro na propriedade do Ademar, super simpático. Todos nos recepcionaram muito bem.

O Recanto estava aberto para visitas, porém não puderam nos oferecer um almoço, como costumam fazer com quem visita, porque não agendamos nossa ida. Há pouco tempo, eles também abriram vagas para hospedagem com café da manhã, no meio desse verde todo. Imagina acordar num lugar desse?

Eles também possuem uma piscina bem legal e um parquinho para crianças. Não é fácil chegar lá, mas eles possuem uma estrutura bem legal - talvez a melhor delas - na região. Um ponto alto para quem gosta de tirar foto é que eles montaram um balanço floral que fica lindo em dias de Sol. Espia só!

Mais uma coisa que me deixou encantada na propriedade foi o mini campo de lavandas! Eu nunca tinha visto um assim de perto! Tudo bem que é bem pequeno, mas eu me abaixei e consegui fazer umas fotos bem legais, o que acharam?

Acabou que minha blusa até combinou, pois é na mesma cor lavanda… E a paisagem ao fundo? De tirar o fôlego…

Tivemos uma experiência muito gratificante em família nessa região. Por mais que a gente não tenha conseguido escalar a pedra em si - será que teríamos coragem? - pelo menos ficamos satisfeitos em conhecer a região, que hoje em dia abriga até um festival no mês de Junho, e que aos poucos vem crescendo.

É bem legal apreciar a grandiosidade desse conjunto de pedras, e pensar que equipes de TV e saltadores de Base Jump e Wing Suit já fizeram lindas filmagens por lá, inclusive passando entre a fenda. Tem alguns vídeos no YouTube que mostram o Pico dos Pontões e vão te deixar com muita vontade de conhecer também!

Se esse pico fosse em qualquer lugar do mundo, ele seria um super ponto turístico, onde a população local estaria ganhando dinheiro com turismo e a região como um todo estaria se beneficiando do crescimento econômico. Essa é a minha opinião, e você, o que acha?

Me conta nos comentários! ;)

Beijocas,
Mandzy.

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Sunset Party no Hula Hula Beach Bar em Hvar

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Se você está montando um roteiro pelas ilhas da Croácia, provavelmente já ouviu essa dica: não deixe de visitar o Hula Hula Bar em Hvar. Acertei?

Especialmente durante o verão, esse beach bar e restaurante recebe turistas jovens de todo o mundo em busca de agito. As sunset parties, como são chamadas as festas com DJ que acontecem a partir das 18h, são o auge da diversão em Hvar. Nesse post vou te contar um pouquinho mais sobre essa experiência inesquecível!

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Sobre o beach bar

O Hula Hula é dividido em dois tempos: durante o dia você tem a possibilidade de pegar sol nas espreguiçadeiras do estabelecimento enquanto faz uma massagem ou almoça uma comida fresca, ou você pode chegar já na hora do sol se pôr para a sunset party - essa foi a minha escolha!

Claro que você pode juntar os dois, pegando sol de dia e curtindo a festa à noite, caso tenha tempo e aguente passar o dia lá. Você pode reservar mesas e cadeiras diretamente no bar e o pagamento sobre qualquer consumo é feito APENAS EM ESPÉCIE.

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Como eu estava participando da Yacht Week, não tive muito tempo em Hvar, então o que deu pra fazer foi passar o fim de tarde e início da noite no Hula Hula e depois seguir para o Kiva Bar, que é uma espécie de pub, e seus bares ao redor para ficar até mais tarde.

Dá pra perceber pelas fotos que a praia na Croácia é bem diferente da nossa aqui no Brasil. Enquanto aqui temos bastante areia, lá eles tem pedras, e muitas pedras, viu? Mas pelo menos as pedras são bem bonitas!

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Sobre as festas

O Hula Hula beach bar tem uma extensa variedade de drinks e também disponibiliza um DJ após as 18h, que é quando a galera começa a chegar para a festa. O dj costuma tocar lounge music, chill out, depois entra com house music e algo mais comercial como pop.

Fui com uma amiga e conseguimos aproveitar bastante e conhecer gente de vários lugares! Se você está indo nesse clima de fazer amizades, paquera, assistir ao pôr do sol e relaxar, o Hula Hula é parada obrigatória na sua viagem!

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O Hula Hula é o único spot com festa na praia na ilha de Hvar, então a gente acaba não tendo muita opção. Caso você fique vários dias por lá, indico que você saia para jantar nos diversos restaurantes charmosinhos espalhados pela ilha, lembrando que durante o verão, escurece bem tarde por lá!

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Note que, fora do verão eu realmente não sei dizer como fica o funcionamento desse estabelecimento, assim como a frequência. De qualquer forma, indico irem à Croácia no verão mesmo para que aproveitem melhor tudo o que o país - e principalmente as ilhas - tem a oferecer!

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Beijocas,
mandzy.


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